Olá.
Bom dia, boa tarde e boa noite, não importa o fuso-horário em que você se encontre.
Eu me encontro no GMT -8, na cidade de Los Angeles, Califórnia. Isso significa que as coisas acontecem aqui OITO horas depois do que acontecem em Londres. Isso significaria que as coisas acontecem QUATRO horas mais tarde aqui do que no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, mas os seres humanos, no Brasil (em quase todo o Brasil), acham por bem adiantar seus relógios em uma hora nesta época do ano, o que faz com que os humanos da Califórnia sejam CINCO horas mais atrasados que os humanos do Rio de Janeiro.
Ou seja. Aqui o Lulu Santos volta mais tarde pra casa após passar o dia sobre as ondas.
Mas nada disso é importante.
Se estivéssemos em Londres, teríamos chegado ao Lacma OITO horas mais cedo do que chegamos, hoje, quando fomos lá. E o bendito provavelmente estaria fechado. (isso foi só um gostinho do que foi o ponto forte do dia, que virá em breve)
Depois de acordar cedo ontem, nos demos um descanso e só eu acordei cedo hoje. Acordei com o som da necessária obra no andar de cima, que começou, desnecessariamente, às oito da manhã. Marcela, por outro lado, continuou a dormir como um anjo até às 10:44 da manhã, quando o alarme tocou e eu pulei da cama para ir fazer o café para nós, antes que acabasse o horário do café, às 11 da manhã (DA CALIFÓRNIA). Levei o café na cama, como o perfeito romântico galante que sou, e Marcela encontrava-se no banheiro. Como o perfeito esfomeado que estava, comecei a comer minhas torradas, sentado na cama, e quando ela saiu do banheiro e me viu, meu mundo caiu: VOCÊ ESTÁ SENTADO DO MEU LADO DA CAMA. Ela disse isso da forma mais dócil que existe, e por isso que eu pensei: as migalhas da torrada!
Depois disso, comemos, bati a cama, e comecei a arrumar o quarto, pra poder pedir pra moça da limpeza limpar o quarto de novo depois.
Enquanto isso, Marcela lavou suas meias, entrou na internet, se arrumou pra sair, e quando ela finalmente estava pronta. Eu. Comecei. A. Me. Arrumar.
3 Minutos.
Foi esse o tempo que levei pra me arrumar.
Saímos em direção ao, já conhecido do público, Farmer's Market. Não foi lá que paramos, no entanto. Paramos antes em um brechó, que usa a grana que ganha pra ajudar a combater a AIDS. Na porta desse brechó tinha uma fantasia da branca de neve, com a saia menor do que a do figurino das mulheres fruta, vestida em um manequim negro! GE-NI-AL!
Enfim. Entramos no brechó, e pra ajudar a combater a AIDS, só pra ajudar (VALEU ENTÃO, GAROTO!) comprei 5 camisas e um sobretudo.
CALMA MÃE!
Comprei tudo por $35,00. Cada camisa (tinha camisas da gap, puma e urban oufitters no meio) custou $4,00 e o sobretudo (DA GAP!) custou $15,00. Ou seja, UMA PECHINCHA!
Acredito que a Marcela não tenha contado, mas estou com esse objetivo de não lavar roupa na viagem. Eu estou com medo de fazer besteira e deixar todas as minhas roupas da cor rosa, ou algo semelhante. E o pior e que eu NEM IA NOTAR, por causa do meu daltonismo. Se bem que, nos EUA, eu não sou daltônico, sou color-blind.
De forma que agora, eu tenho roupas suficientes para usar sempre roupa limpa sem precisar lavar nenhuma!
YES, BABY!
Depois disso, almoçamos no Farmer's Market, um crepezinho francês SHOW DE BOLÊ! Pra quem não sabe isso é "show de bola" em francês. E ali, sentado na cadeira de ferro do Mercado do Fazendeiro, me senti um bandeirante, desbravando todo o mato que tinha no meu prato. Amigo!
VIREI UMA VACA! COMO SALADA TODO DIA, TÔ COMEÇANDO A GOSTAR! DEPOIS FICO RUMINANDO A SALADA NA MINHA MEMÓRIA!
Vacas tem memória?
Enfim.
Depois do Farmers Market, fomos ao LACMA (Museu de Arte do Condado d'Os Anjos / Los Angeles County Museum of Art).
É, garotão!
E sabe quem a gente encontrou lá? Mr. Steven!
Este homem era um idoso, sócio do museu, que tinha direito a dois ingressos pra exposição que nós iríamos (e fomos): a do TIM BURTON!
Mr. Steven, então, entrou na fila para pegar os seus ingressos, mas ele estava sozinho, então nos ofereceu um. Do alto de sua gentileza. E nós aceitamos, do alto de nossa humildade. Compramos o outro e entramos na fila para entrar na exposição. A fila estava enorme, e em 2 minutos de espera, Mr. Steven desistiu de esperar, e foi embora. Corri lá na frente da fila, pra perguntar se não tinha uma fila preferencial, que aquilo era um absurdo e blablabla. A mulher falou que eu podia mandar o Mr Steven falar com ela, que ela deixava ele entrar na hora.
E corri atrás do Mr. Steven.
Quando o encontrei ele havia acabado de dar o seu ingresso pra outra pessoa. Eu lhe disse que poderia ficar com o meu e que comprava outro, e ele falou que não era necessário. Ele voltará amanhã, pegará mais dois ingressos grátis, e não pegará fila.
UM. ANJO.
Entramos na exposição e foi maravilhosa.
Não pudemos tirar fotos.
Mas foi maravilhosa.
É só isso que vocês precisam saber.
Depois disso comemos pelo Lacma mesmo. Sob o frio do INFERNO DE GELO VIKING!
Fomos então para outra galeria, onde pudemos apreciar a companhia das obras de Picasso, Matisse, Duchamp e outros grandes artistas. As obras deles eram quase tão fantásticas quanto a Marcela, uma obra de Deus.
Depois disso voltamos ao Albergue. A Marcela está muito cansada e com dor de cabeça e, por isso, pediu que eu assumisse o seu blog por hoje.
E como o pedido da patroa é ordem, cá estou, presenteando vocês com o meu estrambônico estilo de escrita.
Direto da terra dos atrasados, em que todos são pontuais,
O seu correspondente brasileiro na California.
Alberto Naar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário