sábado, 8 de outubro de 2011

08/10

Sábado. Dia de estudar e trabalhar. O meu post do dia vai ser reduzido porque boa parte do meu dia foi segredo de Estado...rs. Logo depois do café da manhã, comecei a devorar leis, instruções normativas e portarias para aprender a fazer direito o trabalho que eles desistiram de oferecer treinamento. Já tinha lido o projeto todo e selecionado as questões duvidosas. Acabei redigindo minha primeira diligência (quando o parecerista solicita ao proponente as informações que acha necessárias para conclusão do parecer). A parte chata é que o proponente tem até 20 dias pra responder à diligência e, enquanto isso, não posso concluir a análise. É torcer para responderem logo. Voltamos no restaurante de anteontem onde comemos um frango ao molho de vinho branco e aspargos e purê de batata. Estamos tirando a barriga da miséria em Los Angeles. Uma delícia! No albergue, copiei no meu caderno o texto gigante que tinha escolhido pra decorar, já que o meu texto estava no mesmo livro que o do Alberto. Mas acabei decidindo que ele era mesmo grande demais e escolhi outro que ainda não decorei, mas que vai ser mais tranquilo. Acho até que gosto mais desse segundo. A parte ruim do dia foi que o meu siso preferido, única parte de juízo que me falta e que só nasceu um pedacinho porque está agarrado no meu nervo me impedindo de tirá-lo, resolveu voltar a doer. Um pouco antes de viajar ele estava com essa mania, me deixando preocupada, mas só hoje resolveu voltar a perturbar. A gengiva está bem inchada, mas minha amiga dentista Marianna me fez o favor de recomendar um antiinflamatório que vou procurar amanhã por aqui e vai me deixar boazinha. Amém! Ainda bem que eu escrevo por aqui e não falo, porque falar está difícil. Esqueci de comentar ontem. Quando chegamos de volta no quarto do hostel tivemos duas surpresas: a primeira é que ninguém tinha aparecido ainda pra limpar, ainda não descobrimos como funciona o esquema da limpeza, e a segunda foi que a nossa televisão sem controle remoto tinha sumido. E no lugar dela apareceu uma mega televisão na nossa parede. Não sei se foi um bônus por ficarmos tanto tempo ou se eles adquiriram com a grana que a gente pagou em dinheiro...rs. Como o dia foi tranquilo e confidencial, vou escrever aqui meu textinho do avião:

Pensamentos de Voo
P: Olha lá! O que vem lá?
R: Não sei. Espera chegar.
P: Mas e se o chegar nunca chegar?
R: Você espera o nunca passar e vai lá espiar.
P: E se não for o que eu espero que seja?
R: Você desapega e agradece a surpresa.
P: E se eu quiser voltar para onde eu estava?
R: Você não vai mais encontrar o que deixou para trás, porque o para trás não existe.
P: Mas você não sabe o que vem lá?
R: Vinha. Já passou e você nem notou porque estava de costas.
P: E agora? O que eu faço?
R: Viva exatamente onde você está porque o mundo é uma esteira rolante gigante com diferentes caminhos. Fique sempre atento nas interseções e leia os sinais para escolher o seu destino.
P: E se eu escolher errado?
R: Os caminhos são ligados. Quando quiser, é só mudar a rota. Você só não vai poder abandonar sua bagagem no caminho. Ela é parte de você e nunca diminui, só aumenta. O que não significa que vá ficando mais pesada.
P: E onde eu encontro a felicidade?
R: Sempre no mesmo lugar. Dentro de você. É só procurar com carinho que vai ver que ela está sempre à mão.
P: E quando eu vou ter todas as respostas?
R: Quando você não tiver mais perguntas.

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