sexta-feira, 7 de outubro de 2011

07/10

Dia histórico! Acordamos, tomamos café e fui fazer minha rotina de internet. Checar e-mails, facebook e Ministério da Cultura. E pra minha surpresa, depois de 10 meses de sair a publicação no DO me declarando parecerista apta, de muita espera, muitos e-mails e de um último e-mail na noite anterior questionando a demora, meu primeiro projeto pra análise! Ainda bem que não foi nas últimas duas semanas, quando não estava sobrando tempo pra nada, e sim agora que estou bem mais tranquila, tenho meu computador e um bom acesso à internet no albergue. Dei só uma olhadinha por alto no projeto pra matar a curiosidade, mas deixei pra começar a análise mais tarde. Decidimos almoçar num restaurante de comida brasileira. Hoje, chegamos ainda mais perto da calçada da fama, mas ainda não chegamos lá. Alcançar a fama requer tempo e esforço. Ainda não estávamos nos sentindo preparados. O restaurante ficava na Sunset Boulevard, rua bem famosa aqui de Hollywood. No caminho, eu vi um cara saindo de uma casa que parecia ser alguém importante mas que eu não tinha ideia de quem era. Quando o Alberto viu ficou todo empolgado virando pra trás pra acompanhar o famoso. Ele disse que era o Danny Trejo. Enfim. Continuamos caminhando e acabamos encontrando minha livraria dos sonhos. Uma livraria enorme só com livros de teatro e cinema. Pra quem está acostumada a encontrar uma pequena seção, quando tem, foi uma festa. O problema foi segurar pra não comprar tudo. Saímos de lá com sete livros, três do Lee Strasberg. Um deles eu já li em português, mas queria muito ler em inglês para me acostumar com termos que serão usados nas aulas. Ainda estou morrendo de medo de o inglês falhar durante as aulas. Na livraria, um quadro dizia que o Al Pacino tinha filmado uma cena lá pro seu novo filme no dia 27/09. Dia em que estávamos em NY comemorando nosso aniversário. Uau! Estamos mesmo no lugar certo. Andamos mais um bocado e achamos o restaurante Bossa Nova. Não há lugar no mundo como a nossa casa! A comida brasileira foi a melhor de todas até agora. Arroz branco, feijão, picanha e batata. Até o feijão estava delicioso! Como é bom matar um pouquinho das saudades do nosso país depois de 17 dias de viagem e sanduíches basicamente. No som, Gilberto Gil pra completar o clima. Saímos de lá revitalizados. Hora de voltar pro albergue, mas não sem antes passar no 99 cents only. Também encontramos a Ross. Uma loja que eu me lembrava de ter ido com a mamãe e a Fla em São Francisco onde compramos os Keds azuis que a Fla perdeu no avião porque estava dormindo descalça na hora da conexão e alguém levou achando que era de uma pessoa que tinha descido do avião. Enfim, comprinhas na Ross e alguém segure a gente no albergue para parar de comprar porque essa cidade é irresistível. Estávamos andando, olhamos pro lado e... Oh! O antigo estúdio do Charles Chaplin. Uma casa muito linda! De volta no albergue, comecei a trabalhar. Tenho dez dias para concluir meu primeiro parecer e não quis fazer tudo logo no primeiro dia. Mas já tenho uma boa ideia do geral e do que parece estar errado com o projeto e pretendo estudar amanhã o material teórico todo de novo. Também acho que achei um monólogo para levar pra aula em um dos livros que compramos. Mas decorá-lo vai ficar para amanhã. Estou bem mais acostumada com a cidade. Não me assusta como antes. O transporte público aqui é muito fraco já que todos tem carro. Como não compreendemos ainda como funciona, estamos fazendo tudo a pé mesmo. Agora vou dormir pra me preparar para um fim de semana de estudo e trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário