quinta-feira, 6 de outubro de 2011

05/10

Fim da nossa viagem de turismo. Sinto que essas duas semanas, tão diferentes uma da outra, vão me ajudar muito nessa próxima fase. Não pelo inglês, que não pratiquei como gostaria, mas por toda a imaginação que em mim foi despertada. Pelos novos olhares, pela bagagem de novas emoções adquirida. Pra nós atores, viver intensamente é a melhor escola. Agora parece que estive em NY há uns três meses atrás e minha casinha ficou lá pra trás na linha do tempo. Acordamos bem cedo e pegamos a van pro aeroporto. Dia de uma atração super incrível. Uma viagem no tempo. Bagagem conferida e... Ufa! Sem excessos. Tudo que comprei coloquei numa nova bagagem de mão pra não ter problemas, mas fiquei quase no limite. Levantamos voo às 9:20 e cinco horas e quinze minutos depois chegamos em Los Angeles às 11:35! Uau! Ainda no avião, tentei ir ao banheiro numa determinada hora e o comissário de bordo disse que as luzes dos cintos ainda estava acesas. Disse ok e voltei a sentar, esperando comportadamente as luzes me liberarem do aperto. Várias pessoas se levantaram e passaram pela mesma coisa. Até que as luzes apagaram e uma fila se formou. Esperei mais um pouco e, quando consegui ir, o mesmo comissário disse que ele não queria dizer que eu não podia ir ao banheiro, mas todo mundo entendia isso e ele tinha achado super divertido ver a cara das pessoas se desculpando e voltando para os seus lugares enquanto ele ficava sendo o carrasco do banheiro. Vê se pode? Nesse voo, além da viagem no tempo, um outro milagre aconteceu... Eu dormi! As duas primeiras horas inteiras. Talvez na pressa eu tenha esquecido tomar o Puran (o remédio que me permite ficar acordada), mas foi ótimo ter conseguido dormir. Depois do sono, papel e caneta na mão e um pouco de inspiração. Escrevi um textinho que meu amor acha que deveria ser um livro infantil. Sei lá. A aterrissagem foi um pouco tensa porque estava chovendo bastante, mas deu tudo certo. Ah, minha tosse parece que passou mesmo porque nem nesses momentos ela apareceu. Como eu disse antes, chegamos às 11:35 e tínhamos que esperar até às 14h pra buscarem a gente pra levar pro albergue. Um cara com cara de astro de cinema nos pergunta se estamos esperando o transporte pro Banana Bungalows e dizemos que sim. Ele era o nosso motorista. Isso é Hollywood. Até os motoristas tem pinta de artistas. Provavelmente todos estão aqui tentando a sorte nessa loteria do cinema. Mas o nosso motorista artista se assustou com a quantidade de malas que trazíamos. A van do albergue não tinha bagageiro e ele não sabia se ia caber. Mas ninguém tinha perguntado pra gente sobre isso. A nossa sorte foi que várias pessoas deram azar e perderam a van, deixando assim espaço pras nossas malas. Já me senti meio ET indo pra um albergue tão carregada. O alberque também é como nas fotos. Uma gracinha! E nosso small private não é tão small assim. Agora é oficial. Toda a minha programação e reservas deram certo. O cara da recepção ficou assustado com a quantidade de dias que vamos ficar aqui. 25 noites! E principalmente com o fato de a gente querer pagar tudo e com dinheiro. Tomamos banho e pela primeira vez em toda a viagem desfiz as malas e arrumei tudo nas prateleiras. Saímos em direção ao prédio do nosso curso pra ver de perto e conferir a distância. É um pouco longe, quatro quarteirões, mas dá pra ir a pé numa boa acordando um pouco mais cedo. O caminho não tem muitas coisas. Aqui parece um pouco a Barra da Tijuca onde todo mundo faz tudo de carro. Ou melhor, aqui é tudo de super ultra mega carrões. É um pouco confuso pra atravessar as ruas porque como em NY os motoristas não respeitam muito os sinais de trânsito. Mas chegamos lá inteiros e demos uma olhadinha só de fora mesmo. O problema é que vínhamos de Orlando, onde estava um calor carioca, e quando vimos que o sol tinha aparecido aqui, saímos sem casaco. Arrependimento total! Congelei na rua!!!! Ainda bem que trouxe um monte de casacos que estavam meio sem utilidade até agora. Comemos um almoço-jantar no Subway e demos uma olhada num supermercado perto do curso. Acabamos não comprando nada porque era um pouco longe pra carregar e o Alberto não estava se sentindo muito bem. Voltamos pro hotel como picolés e resolvi dormir uma horinha antes de acessar a internet, escrever o post do dia e tentar falar com minha amada mamãe. Fui dormir quando aqui eram 18:30 e só acordei 23:30 pra botar o pijama, escovar os dentes e voltar a dormir. Ainda não me acostumei com o clima de albergue que é muito diferente dos anteriores. Como acabamos de chegar, parece que somos penetras numa festa, e o clima de Hollywood parece um pouco intimidante. Dá um certo medo do que vem por aí. Mas faremos o nosso melhor e aprenderemos tudo que pudermos.

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