sexta-feira, 14 de outubro de 2011
14/10
Sexta-feira. Como o tempo está passando rápido, resolvi programar o nosso dia do meu jeito. Planejei passo a passo para não ter erro. Saímos do albergue 12:30 e, pela primeira vez em Los Angeles, nos aventuramos a pegar um ônibus. O destino era velho conhecido, a Samuel French Bookstore. Mas, como íamos andar bastante depois, resolvemos economizar a caminhada nesse pedaço que já não tem novidades. Demos sorte de o ônibus passar rápido. O transporte público aqui é pouco e raro. Naquela hora ele passava a cada 20 minutos, mas à noite pode demorar até 1 hora para passar. Pretendia pagar as nossas passagens com uma nota de 5 dólares, mas só tinha como pagar colocando o dinheiro na máquina e essa máquina não dá troco. Você sempre tem que pegar o ônibus com o dinheiro trocado ou comprar um cartão com passagens antes. Contamos as moedas e deu pra pagar. Dentro do ônibus, tem uns letreiros eletrônicos que avisam quando está se aproximando da próxima parada e nome da parada que é sempre a interseção de uma rua com a outra. Bem tranquilo de acertar. Descemos e fomos pra livraria de sempre em busca das peças que temos que estudar. O Alberto não tinha entendido direito o nome da peça dele, mas como era famosa achou que entenderiam lá. E entenderam mesmo. O nome era Loose Ends e tinha pra vender. Já eu, descobri que a professora falou errado e em vez de três eram quatro cachorros no nome da peça. Ok, se não fosse o fato de estar esgotada na melhor livraria de teatro da cidade. Ele disse que eu poderia comprar pela internet. O problema é o tempo para a entrega que eu não tenho. Como estávamos perto e com fome, voltamos no restaurante brasileiro para nos deliciarmos de novo com a picanha com arroz, feijão e batata. Estava tão bom quanto na primeira vez. Na mesa do lado, produtores engravatados discutiam o roteiro de um filme. Depois de devidamente satisfeitos, fomos finalmente para a Hollywood Boulevard! Andando na rua me dei conta de como é bom estar num lugar onde a principal profissão é a nossa. Onde os artistas não respeitados e amados e não vistos como loucos dispostos a passar fome. Calçada da Fama, aqui estamos nós! Foi legal mas também um pouco decepcionante porque esperava ver os pés, mãos e assinaturas dos artistas. Agora à noite no albergue é que descobri onde fica essa parte. Voltamos outra hora. O que vimos hoje foram as milhares de estrelas no chão com os nomes dos famosos. Pesquisando na internet é que fiquei sabendo que, se o artista for escolhido para ganhar uma estrela na calçada, ele tem que pagar 15 mil dólares pelo seu pedacinho de chão. Mas a calçada não era nosso objetivo e sim nosso caminho. Fomos na loja da Swatch apertar meu relógio, dessa vez com sucesso. Essa loja ficava simplesmente no mesmo shopping do Kodak Theatre, que eu nem sabia que ficava dentro de um shopping! Na frente do shopping, ficam muitas pessoas caracterizadas tentando granhar uma grana tirando fotos com os turistas. Aproveitamos para comprar nossos super ingressos nos melhores lugares para assistir o Cirque du Soleil lá no Kodak Theatre. Toda essa emoção se dará no sábado da semana que vem, dia 22, às 14h. No mesmo shopping, dá para ter uma boa visão do letreiro de Hollywood e conseguimos tirar umas fotos para provar que aqui estivemos. Na verdade, foi o nosso primeiro dia com fotos por aqui. Na subida para o teatro, tem colunas onde se pode ler os nomes de todos os filmes que já ganharam o Oscar em seus respectivos anos e os anos futuros ainda em branco. O passo seguinte da minha programação era ir ao cinema em Hollywood. Pode parecer fácil, mas não tem muitos cinemas por aqui como é de se imaginar. Fomos nesse que era na Sunset Boulevard mas bem mais longe do que já tínhamos chegado antes. Valeu a pena ir longe porque o cinema era uma atração em si. Lindo e enorme, com 14 salas. O filme escolhido foi um que o Alberto estava doido para ver chamado 50/50. É a história de uma cara novo que descobre que está com um tipo raro de câncer e tem 50% de chance de sobreviver. As poltronas eram muito confortáveis e espaçosas. Segundo meu amor, porque tem muitos americanos gordos. O cinema estava bem vazio para uma sexta-feira mas ainda eram 17:45. A qualidade da imagem me pareceu melhor do que a que estamos acostumados. Antes de começar a sessão, entrou um funcionário do cinema informando a duração do filme e onde deveríamos reclamar caso o volume do som ou alguma coisa não estivesse satisfatória. O filme é muito bom! Tomara que lancem no Brasil também, mas eu acredito que sim. É de chorar, mas não de passar mal. Pena que aqui a gente não paga meia, mas semana que vem teremos que ir de novo para assistir o filme do Johnny Depp que vai estrear, do qual nosso professor de audição participou. O nome é The Rum Diary. Não sei do que se trata mas eu amo o Johnny Depp! Saímos do cinema e caminhamos de volta para a Hollywood Boulevard para pegar o ônibus de volta. Fomos desistindo dos pontos e caminhando mais até chegarmos no ponto do Kodak Theatre onde esperamos um bom tempo. Um pouco mais do que gostaria mas, antes tarde do que nunca, ele apareceu e nos deixou com segurança no albergue. Chegando aqui, comecei a procurar na internet o livro que preciso e acabei encontrando uma loja que tem dispónível e que dava para fazer uma reserva pela internet. Espero que tenha mesmo porque pedindo online só chega segunda e eu tenho muito trabalho pra fazer com ela até terça. Agora é dormir e descansar depois de um dia de emoções em Hollywood.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário