quinta-feira, 22 de setembro de 2011
20/09
Enfim, depois de pesquisar, achar um curso, convencer o namorado, começar a fazer planos, juntar o dinheiro, visitar o google todos os dias em busca de informações, reservas, dicas, preços... de juntar a documentação pra inscrição, pedir cartas de recomendação, escrever carta de intenção, traduzir um bocado de coisas, de adicionar um semana na Disney, de mandar a inscrição, de trocar um monte de e-mails em inglês, de ler livros em inglês, filmes sem legenda, de adiconar uma semana em NY, comprar as passagens, dólares, de trocar várias vezes as reservas de hotéis, de esperar ansiosamente por entrevistas, de conseguir um visto, de fazer a última entrevista em inglês pelo Skype, de quase enfartar esperando a resposta do curso, de conseguir ser aceita, comprar mais dolares, sonhar, sonhar, sonhar, fazer as malas, entre outras inúmeras providências... É chegada a hora de partir. O que era um futuro incerto, agora é um presente palvável e um pouco assustador. 40 dias fora de casa em país estrangeiro na companhia do meu amado e maravilhoso namorado que está prestes a descobrir como é conviver comigo de verdade...rs. Telefonemas e mensagens de despedida. Parentes mais que queridos no aeroporto. Lá vou eu eu! Minha primeira compra em dolar com papel moeda... Só podia ser uma barra gigante de chocolate! Um Milka delicioso comprado no Dufry pra matar a fome no avião. O voo sai na hora exata programada. Há tempos não sentia o frio na barriga da decolagem. O avião estabiliza, sem problemas. Ufa! De jantar, uma massa mais ou menos com suco de laranja. Tento dormir um pouco, já sabendo que era improvável. Talvez tenha até cochilado, mas meu nariz começa a queimar e sangrar. Fica difícil de respirar... Dormir então... Lá pras 2h eu já nem quero mais dormir. Cai a ficha e de repente fico mega feliz, quero aproveitar cada momento. O céu estrelado, a lua laranja, a música que sai do fone da poltrona, os pensamentos que brotam cheios de promessas. Meu amor dorme sem parar do meu lado, mas eu nem me incomodo. Esse é o meu momento. De mentalizar tudo que eu quero, de organizar os sentimentos. Dá uma vontade imensa de escrever... Mas eu teria que acordá-lo pra pegar o caderno e acho melhor não. Começo a pensar em inglês pra entrar no clima. O avião inteiro dorme e eu sorrio. A garganta dói e eu sorrio. Dói pra tossir e eu sorrio. Porque agora tenho certeza de que a ponte entre o mundo das ideias e o mundo das realizações é o esforço de cada um. E eu estou disposta a me esforçar nessa vida.
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Podia ter me acordado, bobona. Eu ia ficar felizão de te dar o seu caderno.
ResponderExcluirE mais feliz ainda de ver o seu sorriso secreto.
Te amo.
Obrigado por ter me convencido.