Vovô querido,
Estou adorando que você esteja me acompanhando nessa aventura! Não se preocupa que minha tosse já melhorou bastante. A gripe já foi embora, ela é só um pouco alérgica agora por causa também da diferença do clima. Amo você! Saudades! Beijos na vovó e em todos aí. Depois vou tentar colocar as fotos aqui porque sei que você não está conseguindo ver pelo facebook. É porque colocar fotos demora um pouco mais e sobra pouco tempo do dia com tanta coisa pra fazer. Não se preocupe quando eu não tiver escrito, é porque provavelmente não deu tempo mas assim que der atualizo. Estou fazendo o possível pra não deixá-los sem notícias. Ah, o musical que você tinha indicado não estava mais em cartaz. Acabou ano passado. Uma pena. Mas lembrei muito de você quando vi a Anna Bolena na Times Square. Mais uma vez, saudades. Beijos!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
29/09
Dia de visitar o real motivo da nossa viagem pra Orlando. O parque do Harry Potter. Íamos deixar por último, mas como o hotel só tinha ingressos pra Disney pra sexta, o destino nos levou pra lá primeiro. O transporte saía às 10h, mais tarde do que o da Disney que vai sair todos os dias às 8:30. É, essa é uma parte da viagem onde a gente não tem como fugir de acordar cedo. Mas é por um motivo super justo!!! O café da manhã do hotel é meio furada porque é muito concorrido. Ainda mais que tinham uns brasileiros monopolizando tudo que deixaram o Alberto irritado. Ficamos prontos a tempo e partimos pro nosso primeiro dia de agradar as nossas crianças interiores. Embora a criança do meu amor não seja lá apenas muito interior. O parque, na verdade, não é só do Harry Potter. É o Island of Adventures da Universal Studios. Lá dentro, fomos direto ao que mais interessava. Hogwarts!!!! Cresci junto com o Harry Potter, lendo os livros e depois vendo os filmes. Estar numa reprodução tão bem feita daquele mundo mágico foi uma emoção que não tem preço. Só tem três brinquedos nessa área e resto são lojas. Íamos começar por uma montanha-russa mas não tínhamos entendido ainda o sistema de guarda-volumes. Ainda bem. Porque dando uma segunda olhada na tal montanha perdi toda a vontade (coragem) de andar naquele troço. "Amooooor, então vamos pra o castelo!" O sistema de guarda-volumes era o seguinte. Tinham vários armários que você podia alugar e que eram de graça por até 1h e 25min que deveria ser o tempo máximo suficiente pra visitar aquela atração. Você requisita um armário no computador e coloca a sua digital. Na saída, é só digitar na mesma máquina o número do armário e colocar a digital de novo, e ele abre! Muito prático. A nossa primeira fila foi gigante. Parece que todos também queriam visitar primeiro o castelo. E em parte da fila estava um sol escaldante. Mas dentro do castelo, cada passo era uma surpresa. Hologramas faziam parecer que o Dumbledore, Harry, Hermione e Rony estavam presentes de verdade. Os quadros conversavam entre si. Objetos por toda parte. Em determinado momento uma magia fez nevar na gente. Hora de sentar no brinquedo, e como era na parte interna, não dava pra ter ideia do que nos esperava pela frente. O melhor de todos! Mas cada músculo do meu corpo estava tenso com medo. As projeções são muito reais! Fumaça, água, voos, fantasmas, dragão, aranhas... Ufa! Não virava de cabeça pra baixo, mas quase. Saí de lá num misto de admiração e alívio. Tivemos que voltar lá no fim do dia e fazer tudo de novo. A outra atração era uma montanha-russa bem tranquila, mas divertida. Provamos a famosa cerveja amanteigada que de cerveja não tem nada. Parecia um sorvete de creme. Uma delícia! Os sapos de chocolate e os feijoezinhos de todos os sabores ficaram pra uma outra oportunidade porque eram caros e arriscados..rs. Demos uma passada no Jurassic Park e depois numa parte de vários quadrinhos. Tinha um brinquedo daqueles que molham a pessoa inteira que parecia uma delícia. Mas eu não podia ficar toda molhada no meu estado de tosse. Lembrei que quando tinha ido na Disney tinha ficado com medo de ir num brinquedo desses e depois me arrependi. Então, saímos a caça de capas de chuva e mergulhamos na aventura. Valeu muito a pena. Só molhei o cabelo. Como já estávamos no clima, fomos em seguida pras corredeiras do Popeye. Dessa vez o Alberto usou a capa pra mochila e saiu tooodo molhado. A minha capa ficou um pouco mal posicionada molhando uma parte do vestido, mas nada grave. Fomos num brinquedo muito fofo do Cat in the Hat, num simulador irado do Homem Aranha, entre outras atrações. No fim de tudo, depois de voltar a Hogwarts, convenci meu amor a ir no que ele estava com mais medo. Um desses elevadores que despencam. Como eu já tinha ido 8 vezes no da Terra Encantada, que é muito mais arriscado por razões óbvias, achava que dava pra ir na boa. Mas ele estava com tanto medo que até me contagiou. O importante é que venceu e me deixou muito orgulhosa. Diferente do da Terra Encantada, esse elevador não sobe devagar e desce voando. Ele sobe voando!!!! Foi muito inesperado. Adrenalina pura. Tudo que faltava era fechar esse dia com uma AAAAAAAAAAHHHHH bem maiúsculo. E assim foi. Saímos com um pouco de pressa porque o dia passou muito rápido e não podíamos perder o transporte da volta. Se for na Universal, não deixe as lojas te destrair ou não vai dar tempo de conhecer tudo. A nossa estratégia foi essa e não sobrou tempo pra lojas. Voltamos pro hotel e caminhamos até o Burger King mais próximo. Descobrimos um supermercado enorme do lado do hotel onde compramos protetor solar (fiquei com a marca do vestido hoje) e Centrum! Com essa alimentação americana precisamos mais do que nunca da ajuda no nosso amigo Luciano Huck de A a Zinco! Amanhã começo a tomar e vai durar até o fim da viagem. Sentei aqui pra escrever porque já estava com um dia de atraso e vou lá dormir porque amanhã o dia começa cedo e vou precisar de muita disposição pra ser feliz!
28/09
Dia de colocar as asas no ar. Acordamos às 5h e meu amor teve que descer as nossas quatro malas mais uma vez pelas escadas da pousada. Tadinho. Mas eu simplesmente não consigo fazer isso, então... A van chegou na hora combinada pra nos pegar e, como nós fomos os primeiros, pudemos nos despedir um pouco da cidade no caminho pra pegar as outras pessoas que iam pro aeroporto. Só a última pessoa que atrasou. Era uma japonesa que parece que estava se maquiando enquanto todos esperavam por ela. O aeroporto era o mesmo onde a gente tinha chegado. Mas parecia outro, bem mais bonito. O check-in era eletrônico. Só passar um código de barras e confirmar as coisas, depois pagar a bagagem pra um carinha lá. Na hora de pesar a bagagem o cara só confirmou o que eu já falo todos os dias... O Alberto estava com excesso de peso...rs. 2,72 kg que ele bem que podia perder. O negócio foi abrir a mala e passar algumas coisas pra bagagem de mão. As compras em NY foram boas mesmo. Tudo resolvido, esperamos um pouco e decolamos. Na sala de espera pude, observar três graus de judaímos juntos. Do meu lado, meu amor e logo à nossa frente tinha um judeu de kipá conversando com outro ortodoxo com aquele chapéu e barba sem fim. O que eles tinham em comum? Os três foram de classe econômica...rs. Pena que a minha tosse quis vir comigo pra Orlando. Na verdade, descobri que na decolagem e no pouso a tosse fica impossível de controlar. Tive várias crises, mas sobrevivi. Descemos em Detroit pra fazer a conexão. Na área de embarque, tinha um trem vermelho incrível super moderno pra fazer o transporte entre os terminais. Várias crianças fofas esperavam ansiosas o voo pra Disney. No segundo voo, o problema da tosse teve um agravante. Alguém bem próximo da gente devia estar passando mal e não tinha educação. Aí, quem passou mal fui eu, sufocada. Mas sobrevivemos a esse também. Em Orlando, um calor ainda maior do que o do Rio de Janeiro. A cidade é linda de uma maneira totalmente diferente de NY. Tudo é amplo e verde. O nosso hotel, que tinha sido um absurdo de barato e por isso estava nos deixando apreensivos, é muito bom. Não tipo 5 estrelas. Mas tipo melhor do que a gente precisa. O quarto é grande e tem cama, sofá, poltrona, frigobar, microondas, fogão, banheira... Além disso, o hotel oferece transporte de graça pros parques, o que vai ser fundamental nesses dias. A população do nosso hotel é composta metade por brasileiros e metade por pessoas que falam espanhol. Chegamos às 17h e como tínhamos acordado às 5h, o resto do tempo foi descansar, comprar os ingressos e dormir.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
27/09
4 anos!!!!!!!!!!!!
Com presentes lindos já trocados, acordamos um pouco tarde. Meu amor foi na outra unidade da pousada que ficava a uns 5 quarteirões de distância enquanto eu tomava banho e me arrumava pro nosso tão esperado passeio de bicicleta. Tivemos um pequeno contratempo. Um dos fechos da minha mala quebrou e já era a véspera da nossa partida. Mas uma super cola super tóxica deu um jeito nela. Como já estava na hora do almoço, resolvemos comer antes de ir pro Central Park. Comemos no mesmo lugar do dia anterior só que dessa vez sem peixe pra comermos bastante camarão! Hmmmmm... Delícia! Alugamos as bicicletas, que eram de primeira, e arrastamos até o parque. É preciso dizer que até bem pouco tempo atrás eu não andava de bicicleta e desde que comecei a andar só tinha andado duas vezes. Então, meu primeiros movimentos foram beeem tensos. Andava bem devagar com as mãos no freio o tempo inteiro. Achamos um lugar com uma vista estonteante e demos uma paradinha. É realmente um lugar muito romântico. Não é a toa que você vê noivas por todo canto do parque. Dá vontade de casar lá. Pena que é um pouco longe de casa e ia ficar um pouco difícil para os convidados. Achamos o lugar que alugava as canoas, mas fechava antes da hora da gente devolver a bicicleta. Ficou pra uma outra oportunidade. Aliás, no nosso último dia de viagem pudemos constatar que muitas coisas teriam que ficar pra uma outra oportunidade. 7 dias é muito pouco pra conhecer uma cidade como New York. Não conseguimos nem sair de Manhattan. Tanta coisa pra ver e fazer! Ainda assim fiquei bem satisfeita com tudo que conseguimos. Bom, umas voltinhas mais tarde, me acostumei a pedalar ao lado de carros e carruagens e consegui curtir. E muito! Foi um dos melhores passeios. Uma sensação de liberdade tão grande que, mesmo tímida do jeito que sou, comecei a cantar junto com meu amor bem alto todas as músicas em inglês que vinham às nossas cabeças. Comemoração perfeita. De lá fomos conhecer a famosa Bloomindagles em homenagem à minha querida Rachel do meu seriado favorito, Friends. A loja é muito bonita e tem vários andares, mas não é assustadora como a Macy's. Lá, encontramos uma parede de Havaianas. Orgulho nacional. Que inclusive vendia um monte de ítens que não vendem no Brasil como tênis da Havaianas. Parecia que ia ser uma visita só pra olhar mesmo, mas parece que meu faro pra compras imperdíveis funciona em qualquer lugar do mundo. Saímos de lá com um vestido de festa da Ralph Lauren que meu amor me deu como um último presente,já que ele ficou babando quando eu saí do provador. Mais Rachel impossível! Demos uma última passadinha na Times Square só pra não perder o costume e pra comprar umas garrafinhas super bonitas e diferentes de Coca-Cola que eu achava que aqui era Coke, mas é Coca mesmo. Aproveitamos também uns drinks de graça que tínhamos direito pelo passe e gravamos um videozinho em homenagem à versão impagável da minha irmã de New York, New York com o IPod novo do meu amor. Voltamos pra pousada onde aproveitamos o cenário para uma sessão de fotos que eu estava precisando. Fiquei satisfeita com o resultado, mas isso nos fez dormir às 2h e tínhamos que acordar às 5h pra pegar a van pro aeroporto. NY vai deixar saudades!!!!
Com presentes lindos já trocados, acordamos um pouco tarde. Meu amor foi na outra unidade da pousada que ficava a uns 5 quarteirões de distância enquanto eu tomava banho e me arrumava pro nosso tão esperado passeio de bicicleta. Tivemos um pequeno contratempo. Um dos fechos da minha mala quebrou e já era a véspera da nossa partida. Mas uma super cola super tóxica deu um jeito nela. Como já estava na hora do almoço, resolvemos comer antes de ir pro Central Park. Comemos no mesmo lugar do dia anterior só que dessa vez sem peixe pra comermos bastante camarão! Hmmmmm... Delícia! Alugamos as bicicletas, que eram de primeira, e arrastamos até o parque. É preciso dizer que até bem pouco tempo atrás eu não andava de bicicleta e desde que comecei a andar só tinha andado duas vezes. Então, meu primeiros movimentos foram beeem tensos. Andava bem devagar com as mãos no freio o tempo inteiro. Achamos um lugar com uma vista estonteante e demos uma paradinha. É realmente um lugar muito romântico. Não é a toa que você vê noivas por todo canto do parque. Dá vontade de casar lá. Pena que é um pouco longe de casa e ia ficar um pouco difícil para os convidados. Achamos o lugar que alugava as canoas, mas fechava antes da hora da gente devolver a bicicleta. Ficou pra uma outra oportunidade. Aliás, no nosso último dia de viagem pudemos constatar que muitas coisas teriam que ficar pra uma outra oportunidade. 7 dias é muito pouco pra conhecer uma cidade como New York. Não conseguimos nem sair de Manhattan. Tanta coisa pra ver e fazer! Ainda assim fiquei bem satisfeita com tudo que conseguimos. Bom, umas voltinhas mais tarde, me acostumei a pedalar ao lado de carros e carruagens e consegui curtir. E muito! Foi um dos melhores passeios. Uma sensação de liberdade tão grande que, mesmo tímida do jeito que sou, comecei a cantar junto com meu amor bem alto todas as músicas em inglês que vinham às nossas cabeças. Comemoração perfeita. De lá fomos conhecer a famosa Bloomindagles em homenagem à minha querida Rachel do meu seriado favorito, Friends. A loja é muito bonita e tem vários andares, mas não é assustadora como a Macy's. Lá, encontramos uma parede de Havaianas. Orgulho nacional. Que inclusive vendia um monte de ítens que não vendem no Brasil como tênis da Havaianas. Parecia que ia ser uma visita só pra olhar mesmo, mas parece que meu faro pra compras imperdíveis funciona em qualquer lugar do mundo. Saímos de lá com um vestido de festa da Ralph Lauren que meu amor me deu como um último presente,já que ele ficou babando quando eu saí do provador. Mais Rachel impossível! Demos uma última passadinha na Times Square só pra não perder o costume e pra comprar umas garrafinhas super bonitas e diferentes de Coca-Cola que eu achava que aqui era Coke, mas é Coca mesmo. Aproveitamos também uns drinks de graça que tínhamos direito pelo passe e gravamos um videozinho em homenagem à versão impagável da minha irmã de New York, New York com o IPod novo do meu amor. Voltamos pra pousada onde aproveitamos o cenário para uma sessão de fotos que eu estava precisando. Fiquei satisfeita com o resultado, mas isso nos fez dormir às 2h e tínhamos que acordar às 5h pra pegar a van pro aeroporto. NY vai deixar saudades!!!!
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
26/09
Depois de um belo dia de sol, já comentado pelo meu digníssimo namorado, onde conhecemos um museu enorme de onde saímos com a bagagem cheia de inspiração e material de trabalho. De observar objetos e recriações dos mais diversos povos ao longo da história, e de finalmente pisarmos no tão esperado e sonhado Central Park que em nada me decepcionou sendo talvez o lugar mais romântico que já vi. Cenário ideal já escolhido para nossa comemoração de amanhã. E depois de comer meu primeiro Häagen-dazs em 15 anos, sentada na grama desse mesmo parque ao som das músicas dos Beatles, a noite acabou sendo um pouco conturbada pelo cansaço e pela febre. Já estava muito cansada de lutar contra a gripe durante todos esses dias de intensas caminhadas e entra e sai de ar condicionado. Nessa época do ano, eu sempre tenho essas tosses chatas e fortes que fazem as pessoas na rua me olharem estranho. Eu já estava me sentindo mal por isso e tive uma pequena crise de choro. Pra completar, uma infeliz no metrô, vendo minha cara de doente e de choro, cobriu o rosto na minha cara pra não ser contagiada por mim e ainda perguntou pro Alberto se eu estava doente. Pra me ceder o lugar? Não. Por medo de mim mesmo. Prefiro pensar que talvez ela seja uma imigrante ilegal e não possa ir ao médico, mas ainda assim ela podia me deixar sentar e se afastar educadamente. Enfim... Por isso, ao chegar na pousada, convidei meu amor pra sua participação especial nesse blog que ele nunca leu. O dia de hoje começou bem cedo porque tínhamos hora pra deixar a pousada e ir pra nossa outra estadia em NY. A verdade é que acabamos mudando de ideia algumas vezes sobre onde iríamos ficar e o tempo acabou ficando apertado e difícil de encontrar um lugar bom, barato e disponível. Achamos primeiro esse segundo que só estava disponivel por dois dias mas que pela foto parecia um sonho. Reservamos mesmo tendo que procurar outro para os primeiros cinco dias. Chegando aqui ele era realmente o que esperávamos! Um quarto enorme e tão bonito que dá vontade de morar nele! Tudo é de bom gosto e boa qualidade. A casa tem uma cozinha coletiva que é igual às dos filmes americanos. Enquanto esperávamos a hora do check-in, fomos almoçar em um dos lugares recomendados em uma pasta com dicas para os hóspedes. Meu estômago pulou de alegria só de pensar em comer uma comida de verdade pela primeira vez desde que chegamos aqui. E não só de verdade, mas deliciosa. Arroz espanhol, peixe, camarão e salada! Voltamos pra pousada e ainda estavam limpando o quarto. Então, partimos para os nossos compromissos do dia: trocar um vestido que sem querer levamos o tamanho errado, tentar comprar ingressos para o Rei Leão e nos separarmos pela primeira vez pra cada um comprar o presente do outro. O Alberto estava muito tenso com essa separação já que não temos nenhum meio de comunicação. Só temos um celular que funciona, o que não adianta nada pra falarmos um com o outro. Trocamos o vestido sem problemas e meu amor me enrolou pra me levar numa loja que ele queria e sabia que eu ia reclamar. A loja era de artigos militares, mas ele realmente conseguiu comprar uma mochila que valia muito a pena. Nessa loja, enquanto esperava, tive o meu primeiro ensaio de amizade por aqui. Duas menininhas esperavam o pai fazer compras enquanto chupavam gelo e começaram a brincar comigo. Elas eram muito fofas e me permitiram praticar o meu inglês com menos vergonha. Queriam que eu chupasse gelo também. Eu expliquei que não podia porque estava gripada e uma delas disse que chupava gelo mesmo gripada. Todo o tempo elas seguravam o gelo na mão e depois me seguravam com a mão gelada enquanto eu fingia congelar. Elas não imaginam o quanto me fizeram me sentir acolhida, principalmente depois do dia de ontem. No caminho do metrô, tive uma intuição sobre uma loja que senti que a gente tinha que conhecer. Pois acabamos passando pelo caixa três vezes. Cada vez que a gente ia sair apareciam mais compras imperdíveis. Ah, NY em liquidação! Fica difícil resistir. Várias blusas e camisas compradas. Mas a melhor de todas as compras foi um casaco de couro de verdade que deixou meu amor o maior galã e acabou sendo um adiantamento do meu presente pra ele por apenas $35!!!! O casaco é tão pesado que eu mal consigo segurar..rs. Pegamos o metrô pra estação onde eu planejava comprar o presente dele. Ele ficou me esperando no Starbucks pra nem saber qual era a loja. A propósito, a loja era a Best Buy onde ia comprar o Ipod Touch que ele queria e que aqui custa infinitamente menos do que no Brasil. Não tinha o de 64GB que eu queria, só o de 32GB, que na verdade acho que é bem sufiente. Comprei esse mesmo e fui encontrá-lo. A primeira separação deu certo. Mas disse que não tinha achado o que eu queria, o que não deixava de ser verdade, só pra dar uma despistada. Combinei de procurar outra coisa na Times Square onde ele ia comprar o meu. Só tinha ingresso pro Rei Leão pra quarta-feira que é o dia que a gente parte daqui para o próximo destino. Uma pena. A gente ia se separar por 30 minutos, o que foi tempo suficiente pra comprar uma outra besteirinha só pra o que eu tinha dito não fosse mentira..rs. A Times Square tem sempre uma surpresa. Todo dia acontece uma coisa diferente. O acontecimento de hoje era a transmissão da ópera Anna Bolena, ao vivo do Metropolitan Opera para um telão gigante na praça. O som era maravilhoso e enchia as ruas em volta. Muitas pessoas sentadas em cadeiras, na famosa escada, no meio fio, assistiam à ópera. Pena que a gente tinha que voltar pra pousada porque ainda não sabia se a vizinhança era tranquila pra voltar tarde. Mas deu pra sentir um gostinho. Isso que é qualidade de vida. Voltamos para o nosso quarto dos sonhos de onde não dá nem vontade de sair. O que é também um alívio já que tínhamos indicado a pousada pra família do Alberto que espero que tenha momentos inesquecíveis por aqui. Minha dica pra quem quem achar uma boa acomodação é: procure no Tripadvisor e você vai saber a opinião de verdade de pessoas que já estiveram nos lugares. Ah, a gripe hoje está bem melhor. A tosse ainda está aqui, mas só ela sobrou e eu espero esquecê-la por aqui na hora de arrumar as malas para Orlando depois de amanhã. Agora vou tomar um banho no meu banheiro de revista e esperar a meia noite para a troca dos presentes.
domingo, 25 de setembro de 2011
25.09 Participação Especial: Alberto Naar
Bom.
Boa noite.
Provavelmente, a Marcela vai escrever, amanhã, sobre o dia de hoje, mas hoje quem escreve de hoje sou eu. O Alberto. Pra quem não sabe, sou o lindo namorado da autora do blog. Não sei como funciona este blog, porque não estou autorizado à lê-lo antes do fim da viagem, então vou descrever o dia ao meu jeito, e bom, vocês que sofram ou leiam hoje, só amanhã. MAS ALBERTO, PORQUE ISSO?
A Marcela esteve tossindo muito o dia todo, a gripe piorou e ela está muito cansada. Por isso, está com preguiça de levantar da cama sensacional em que temos, eu desmaiado, e ela quase-dormido, por esses dias, o que é muito justo. Mas não se aflijam, eu comprei um remédio em inglês pra ela, e parece que funcionou. Ela tomou o remédio às 20:11, horário local. 10ml.
Curioso o fato de o medidor da quantidade do remédio ser em ml, visto que por aqui, o sistema métrico de peso (é isso?) é o confuso "onças e libras". Mas isso não importa muito. O que importa é que visitamos o Central Park e o Museu Americano de História Natural, hoje.
Fomos primeiro no último e depois no primeiro. Confuso?
Antes de tudo isso, no entanto, comemos Hot Dogs na Big Apple. Eu Comi um Jumbo ($4) e um Normal ($2), enquanto a Marcela comeu só o Normal. Aqui, porém, acho que Jumbo é igual a Pequeno, porque o que eu comi era menor do que o normal.
Bom.
No Museu em que o Ross Geller trabalha, vimos vários dinossauros (inclusive o Rex!), vimos vários animais Africanos e de outros lugares do mundo (inclusive os Elefantes), vimos várias máscaras (inclusive balinesas), vimos vários brasileiros (inclusive nós, no espelho), vimos vários esqueletos (inclusive falsos e verdadeiros), vimos vários artigos egípcios (inclusive de vidas passadas), vimos, sobretudo, VÁRIAS LOJAS (inclusive, às vezes, mais de uma por andar), mas, infelizmente, não vimos o Ross Geller. Não vimos também o Robin Williams, que faz aquele cavaleiro (presidente dos USA?) no filme "Uma Noite no Museu".
O Capitalismo aqui se sente em casa, mesmo. É impressionante a capacidade dos americanos de capitalizar e produtificar as coisas.
TEMOS QUE NOS CONTER O TEMPO TODO!
Mas as vezes, simplesmente não dá.
HOJE DEU!
Saímos incólumes do museu, com a mochila (eu carrego tudo) mais leve do que entrou (bebemos nossas águas), e os cartões de memória das câmeras cheios. cheios. mesmo.
ou quase.
No parque, chegamos tarde pra alugar as bicicletas, o que não foi de todo ruim (não foi de nada ruim) porque a Marcela já estava bastante cansada, por causa da gripe, e eu já estava um pouco cansado, porque, apesar de lindo, estou um pouco fora de forma (gordo).
Mas andar de bicicleta no Central Park é uma boa, já que ele tem umas Avenidas (maiores que a Atlântica) com sinais de trânsito e tudo, e com tráfego constante. Ou seja. Muita estrutura, e pouco espaço. O que parece ser uma lei em Manhattan.
Outro passeio legal pelo central park é o de barco (canoa, em que você rema), se você achar a tenda de aluguel de barco. Eu não achei, então bom.
Sentamos no gramado pra ouvir os Meetles, covers tiozões dos Beatles, que tocam suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper bem. tão bem que tive que tipálos (tip=gorjeta. Eu diria gorjetá-los, mas não.)! Comprei até um bottom de "I AM A FAN FROM THE MEETLES!" pela bagatela de $2 pra fazer companhia com o bottom "I WON THE WICKED LOTTERY!", na minha mochila.
Andamos por vários recantos e ambientes do park central, que seria ótimo se fosse do lado da minha casa, e eu provavelmente nunca iria. Quem iria, e sempre vai, são os New Yorkers, que correm engraçado e dançam no metrô sem vergonha nenhuma de viver a vida e serem felizes!
Aqui parece mesmo uma cidade do mundo, com gente de todos os lugares, falando várias línguas. Quando fomos no Mc Donald's da 72 com a Amsterdam, as caixas falavam em inglês com os clientes e em espanhol entre elas. E pelo pouco que entendi, não eram coisas bonitas.
Voltando ao central park, tirei muitas fotos e a Marcela não, já que a sua câmera perdeu as energias, caçando o Ross no Natural History. E voltando do Central Park, chegamos no nosso ESPAÇOZÍSSIMO quarto no 102 Brownstone.
SALDO DO DIA: 897 FOTOS
Espero que tenham gostado do post, mas não mais do que vocês gostam dos posts da minha senhora, porque ela ficaria decepcionada.
É isso, gente!
beijos,
e boas viagens.
Boa noite.
Provavelmente, a Marcela vai escrever, amanhã, sobre o dia de hoje, mas hoje quem escreve de hoje sou eu. O Alberto. Pra quem não sabe, sou o lindo namorado da autora do blog. Não sei como funciona este blog, porque não estou autorizado à lê-lo antes do fim da viagem, então vou descrever o dia ao meu jeito, e bom, vocês que sofram ou leiam hoje, só amanhã. MAS ALBERTO, PORQUE ISSO?
A Marcela esteve tossindo muito o dia todo, a gripe piorou e ela está muito cansada. Por isso, está com preguiça de levantar da cama sensacional em que temos, eu desmaiado, e ela quase-dormido, por esses dias, o que é muito justo. Mas não se aflijam, eu comprei um remédio em inglês pra ela, e parece que funcionou. Ela tomou o remédio às 20:11, horário local. 10ml.
Curioso o fato de o medidor da quantidade do remédio ser em ml, visto que por aqui, o sistema métrico de peso (é isso?) é o confuso "onças e libras". Mas isso não importa muito. O que importa é que visitamos o Central Park e o Museu Americano de História Natural, hoje.
Fomos primeiro no último e depois no primeiro. Confuso?
Antes de tudo isso, no entanto, comemos Hot Dogs na Big Apple. Eu Comi um Jumbo ($4) e um Normal ($2), enquanto a Marcela comeu só o Normal. Aqui, porém, acho que Jumbo é igual a Pequeno, porque o que eu comi era menor do que o normal.
Bom.
No Museu em que o Ross Geller trabalha, vimos vários dinossauros (inclusive o Rex!), vimos vários animais Africanos e de outros lugares do mundo (inclusive os Elefantes), vimos várias máscaras (inclusive balinesas), vimos vários brasileiros (inclusive nós, no espelho), vimos vários esqueletos (inclusive falsos e verdadeiros), vimos vários artigos egípcios (inclusive de vidas passadas), vimos, sobretudo, VÁRIAS LOJAS (inclusive, às vezes, mais de uma por andar), mas, infelizmente, não vimos o Ross Geller. Não vimos também o Robin Williams, que faz aquele cavaleiro (presidente dos USA?) no filme "Uma Noite no Museu".
O Capitalismo aqui se sente em casa, mesmo. É impressionante a capacidade dos americanos de capitalizar e produtificar as coisas.
TEMOS QUE NOS CONTER O TEMPO TODO!
Mas as vezes, simplesmente não dá.
HOJE DEU!
Saímos incólumes do museu, com a mochila (eu carrego tudo) mais leve do que entrou (bebemos nossas águas), e os cartões de memória das câmeras cheios. cheios. mesmo.
ou quase.
No parque, chegamos tarde pra alugar as bicicletas, o que não foi de todo ruim (não foi de nada ruim) porque a Marcela já estava bastante cansada, por causa da gripe, e eu já estava um pouco cansado, porque, apesar de lindo, estou um pouco fora de forma (gordo).
Mas andar de bicicleta no Central Park é uma boa, já que ele tem umas Avenidas (maiores que a Atlântica) com sinais de trânsito e tudo, e com tráfego constante. Ou seja. Muita estrutura, e pouco espaço. O que parece ser uma lei em Manhattan.
Outro passeio legal pelo central park é o de barco (canoa, em que você rema), se você achar a tenda de aluguel de barco. Eu não achei, então bom.
Sentamos no gramado pra ouvir os Meetles, covers tiozões dos Beatles, que tocam suuuuuuuuuuuuuuuuuuuuper bem. tão bem que tive que tipálos (tip=gorjeta. Eu diria gorjetá-los, mas não.)! Comprei até um bottom de "I AM A FAN FROM THE MEETLES!" pela bagatela de $2 pra fazer companhia com o bottom "I WON THE WICKED LOTTERY!", na minha mochila.
Andamos por vários recantos e ambientes do park central, que seria ótimo se fosse do lado da minha casa, e eu provavelmente nunca iria. Quem iria, e sempre vai, são os New Yorkers, que correm engraçado e dançam no metrô sem vergonha nenhuma de viver a vida e serem felizes!
Aqui parece mesmo uma cidade do mundo, com gente de todos os lugares, falando várias línguas. Quando fomos no Mc Donald's da 72 com a Amsterdam, as caixas falavam em inglês com os clientes e em espanhol entre elas. E pelo pouco que entendi, não eram coisas bonitas.
Voltando ao central park, tirei muitas fotos e a Marcela não, já que a sua câmera perdeu as energias, caçando o Ross no Natural History. E voltando do Central Park, chegamos no nosso ESPAÇOZÍSSIMO quarto no 102 Brownstone.
SALDO DO DIA: 897 FOTOS
Espero que tenham gostado do post, mas não mais do que vocês gostam dos posts da minha senhora, porque ela ficaria decepcionada.
É isso, gente!
beijos,
e boas viagens.
sábado, 24 de setembro de 2011
24/09
O dia começou com uma mudança na gripe. A tosse está mais intensa, mas pelo menos comecei a expectorar. O plano era ir primeiro na loja de departamento aqui do lado e liberar um pouquinho o lado consumista, depois deixar as coisas na pousada e ir em um dos museus que faltava. O tempo estava fechado e a previsão era de chuva. As compras foram boas e custaram quase nada, mas como sempre não conseguimos sair tão cedo como gostaríamos. Como não estava chovendo, resolvemos mudar os planos e tentar de novo ir no Empire State Building. Como hoje é sábado, estava bem cheio. Passamos por algumas filas pra chegar lá em cima. Pessoas de todas as nacionalidades esperavam pra ver a cidade do alto. Lá tinha o observatório e o Skyride, que a gente não tinha entendido muito bem o que era. Na minha ignorância, achei que era tipo o Kabum da nossa falecida Terra Encantada. Um elevador que iria até lá em cima e cairia a toda velocidade. Fiquei até com um pouco de medo, embora tenha enfrentado o Kabum algumas vezes. Mas o Skyride era um simulador de voo sobre a cidade que balançava um bocado e me deixou um pouco tonta e com dor no olho, mas foi interessante mesmo assim. Depois, mais algumas filas pra chegar no andar 87 e ter uma visão real da coisa toda. Todos aqueles prédios gigantes aos nossos pés e um mar de pequenos taxis transitando pelas ruas. Finalmente entendo que a Broadway é a única rua que não é paralela nem transversal às outras graças à conversa de outro turista do meu lado. Descemos e almoçamos no Burger King que me traz muitas lembranças da minha primeira viagem aos EUA, há 15 anos atrás. Mas a verdade é que eu já não aguento mais sanduíche. Quero arroz e até aceitaria um bom feijão. Como o tempo ainda está cinza mas firme, resolvemos arriscar o passeio de barco. Como trair e comprar é apenas começar, acho um vestido lindo por um preço irresistível que meu amor resolve me dar como um adiantamento do meu presente de aniversário. Nosso aniversário de 4 anos de namoro é daqui a 3 dias e foi por isso que adicionamos essa semana em NY à nossa viagem. Pra comemorar o nosso amor. Chegamos no Pier que tem um clima bem diferente do da Times Square. Está rolando um evento da Telemundo e uma espécie de Ricky Martin rebola em cima do palco levando latinas na plateia ao delírio. É engraçado. Queríamos ir numa embarcação grande e antiga mas achamos que tinha que fazer reserva e só descobrimos que dava pra ir depois de pegar os tickets pra o New York Water Taxi. O lado bom era que o Taxi, por ser pequeno, tinha mais velocidade. Passamos pela ponte do Brooklyn e enfim a famosa Estátua da Liberdade. O barco chega pertinho, mas a gente não desce na ilha. A estátua é bem pequenininha mas rola uma certa emoção ao vê-la, já que a celebridade mais famosa dos EUA. O passeio todo é uma delícia. O problema é que, com a velocidade, o vento bate muito forte pra minha pobre gripe mesmo de casaco e cachecol. Acabamos resolvendo descer num Pier diferente do que entramos, já que não tínhamos nenhum compromisso e todo lugar é lugar pra explorar. Andamos em direção ao lugar onde se compra ingressos pra Broadway mais barato, mas o Alberto lembrou de uma loja que ele queria ir e ficava só a umas dez ruas de distância de onde a gente estava.rs. Está bom. Vamos lá, né? Cheguei já bem cansada pois em determinadas horas do dia a gripe começa a pesar, mas... a loja estava fechada. Sábado era o único dia que ela não abria. Até que não me deixou de mau humor. Passamos em outras lojas a caminho do metrô e o espírito consumista do meu amor estava maior do que o meu. Aliás, é maior e eu fico regulando porque sou chata...rs. Mas resolvi não ser chata e dar força pra ele realizar um sonho de consumo e comprar um sapato da Timberland que aqui é realmente mil vezes mais barato. Além de deixá-lo mais lindão. De volta à nossa agora velha conhecida Times Square, consultamos os preços dos espetáculos disponíveis mas nenhum está valendo a pena de verdade. Amanhã a gente tenta de novo. Sundae no McDonald's, uma última olhadinha nas lojas e de volta pra pousada, feliz da vida por não ter chovido e torcendo pra continuar assim e amanhã rolar o esperado passeio de bicicleta no Central Park. Enquanto escrevo, meu amor assiste ao Saturday Night Live se remoendo por não estar lá porque os convidados estão especialmente selecionados. Mas eu não vim pra NY pra dormir na rua e pela televisão não pode ser tão menos wngraçado, já que ele até deu um mau jeito na coluna de tanto rir. Está me faltando um pouco de disposição pra começar a postar as fotos, mas vou tentar ter postado todas as de NY quando chegar em Orlando. Agora vou dormir, se a tosse permitir.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
23/09
Mais um dia em NY! Acordo antes do despertador e ainda bem gripada. Primeira programação do dia... Um passeio num barco super estiloso pela ilha. Demoramos um pouco pra ficar prontos, mas vai dar tempo de pegar os tickets e almoçar na Wall Street antes do passeio. Saímos do quarto e... Putz! Está chovendo! Passeio de barco nem pensar, é furada. E agora? Penso rápido e sugiro que a gente vá pra os lugares programados pro dia anterior que tinham ficado faltando. Times Square mais uma vez. Mas a gente tem $10 dólares de desconto cada um pra comer no Planet Hollywood e é lá mesmo que vamos almoçar. Saindo do metrô, a chuva já está bizarra e molha as nossas meias que vão ficar assim pelo resto do dia. Paciência. Nos dias anteriores estávamos fazendo um esforço pra só falar um com o outro em inglês enquanto estivéssemos fora da pousada, mas hoje já me sinto um pouco cansada desse esforço e falo a maior parte do tempo em português mesmo. Até porque como continuo quase sem voz eu não sou entendida muitas vezes independente do idioma que esteja falando. Estar sem voz me deixou irritada de início, mas aí resolvi encarar como uma necessidade de transformação da minha voz pra se adaptar a nova realidade. Andar pelas ruas de NY é com estar dentro de um filme. Você reconhece cada tipo. E tem gente de todo tipo por aqui. O Planet Hollywood tem muitas coisas interessantes e um clima bem legal. Sem falar no Milk Shake de chocolate que é ainda melhor do que o do Joe & Leo's!!!! Tenho vontade de pedir uma comida de verdade, mas no cardápio parece que tudo tem pimenta. Pra não arriscar, fico com uma Marguerita Pizza mesmo. O tamanho era individual, mas dava pra eu comer em uma três refeições. Quase sou pega de novo por um Ketchup apimentado. Sorte que só tinha colocado em um pedaço. Caramba, como se escapa da pimenta nesse lugar? rs. Algumas fotos por lá e encaramos a chuva de novo pra ir no Madame Tussaud's. Lá passamos uma boas horas na companhia de todo tipo de celebridade de cera. Haja imaginação pra tirar foto com toda essa galera! Ficamos na fila pra entrar na sala do grito. Um lugar com atores que deveria ser arrepiante. O cara na entrada pergunta pro grupo de onde nós somos e... todos brasileiros... hahahahahaha. I can't believe it! Bem que me disseram que tinha muito brasileiro nesse lugar. Olho pra trás pra ver quem são os outros e eis que vejo Rafael Cortez do CQC. Eu aaamo CQC! Mas não falo nada. Entramos na sala do grito onde parece que alguma coisa deu errado porque chegamos na saída sem ter visto nada. Os americanos não são infalíveis...rs. O museu todo é muito interessante. De lá vamos pra Macy's. A maior loja que já vi na minha vida! Um pouco grande demais. Me deixa perdida e com preguiça de andar tudo a procura de uma coisa interessante. No setor de perfumes tem dezenas de pessoas querendo espirrar um vidrinho em você de algum perfume irresistível. Fico assustada e logo quero ir embora. É capitalismo selvagem demais pra mim. Nossa próxima parada é no curioso museu do sexo, que ao matar a curiosidade não nos pareceu nada interessante. Ainda bem que temos o passe e não pagamos só pra entrar lá. Tempo perdido. Já não dá mais tempo de ir em museus mais interessantes e resolvemos ir pedir informação no estúdio da NBC, mas como estamos pertinho do Empire State e não está mais chovendo tanto, meu amor sugere que a gente tente ir lá logo. A moça na entrada é bem sincera e diz que não vamos conseguir ver nada. Fica pra outro dia então. Na frente da NBC vemos uma cena estranha. Há uma fila de pessoas dormindo na rua com plásticos pra se proteger da chuva. A nossa ideia é tentar assistir a gravação do Saturday Night Live no dia seguinte e sabemos que pra isso teríamos que chegar cedo, mas queríamos saber cedo quanto. Pois a fila dormindo lá fora estava lá desde o dia anterior com esse mesmo propósito. Impossível, incompreensível. Como essas pessoas se sujeitam a isso e como a emissora não cria outro meio de seleção pro programa que não deixe as pessoas dormindo na rua na chuva???? De lá, vamos pra um lugar na Times Square onde vendem ingressos da Broadway com desconto. O lugar geralmente tem uma fila gigante, mas com a chuva e como está quase na hora dos espetáculos começarem, está vazio. Tem ingresso pro Spider Man a $30. Vale a pena, mas estamos cansados demais e faltam só 5 minutos pra começar. Não daria tempo de comer. Deixamos pra outro dia já sabendo que é só chegar lá perto da hora pra conseguir ingressos por um bom preço. Na volta pra pousada, tinha um banda tocando rock dentro da estação do metrô e uma galera em volta assistindo não só a banda mas uma moça muito louca que ficava dançando pra lá e pra cá como se não existisse mais ninguém no mundo. Alberto não resistiu e filmou. Antes de chegarmos passamos num mercado onde compramos Pringles Super Stack por menos de $2, entre outras coisinhas. No mercado, mais uma dificuldade. Só tinha um caixa eletrônico! Isso mesmo, ninguém pra passar seus produtos e te cobrar o preço. Apenas máquinas. Apanhamos um bocado da tal da máquina pra conseguir comprar nossas coisas. I hate to feel stupid! Você tem que passar o código de barras de produto por produto e colocar logo em seguida na sacola em cima de uma balança. Essa balança compara o peso do produto com o peso adicionado na balança. Não me pergunte o que fazer se as suas compras não couberem todas na balança, porque não sei...rs. Na hora de pagar também não conseguimos fazer o cartão passar... Admitimos que a máquina venceu e pagamos com dinheiro mesmo. Depois eles reclamam que aqui está faltando emprego! Ah, e aqui o preço dos produtos da prateleira não é o que você vai pagar. O imposto não é embutido como no Brasil e sim calculado no fim da sua compra, uns 10%. Isso não só nos supermercados, mas em qualquer loja e restaurante. Na pousada, vejo mais uma vez que meus amigos também vieram. Eu amo Friends! E assistir aqui tem um gosto especial. Agora é torcer pra não chover pra poder fazer nosso passeio de barco e o aluguel de bicicleta no Central Park!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
22/09
Noite bem dormida. Acordo descansada apesar de ainda gripada e sem voz. Bate um certo desespero por ter ficado doente justo agora. Chego a chorar, mas passa. Saimos mais tarde do que queríamos, mas tudo bem. Não tenho hora nem compromissos. Paramos numa loja de departamentos perto do hotel que eu estava de olho e achamos várias coisas legais e muito baratas. Mas não é hora de comprar. Só alguns snacks e seguimos com o roteiro. Pegamos o mesmo metrô e descemos no mesmo lugar. De dia é muito diferente. De noite é mais claro...rs. Vamos ao Top of the Rock. Um observatório no alto do Rockfeller. Um pouco de mau humor da minha parte por algum motivo que nem eu sabia direito, mas diante da vista tudo mudou. A cidade inteira a nossos pés! Exatamente comos nos filmes! Nossa primeira visão do Central Park e de tantos outros lugares que vamos visitar. Descemos e conseguimos comprar o adaptador pra carregar o computador que já não estava dando pra usar. Próxima parada: MoMA. Museu de Arte Moderna. Resolvemos ir lá antes de almoçar. O Museu é enorme e vai ficando mais interessante conforme vamos subindo. Tem muita arte contemporânea sem sentido onde a gente acaba perdendo tempo. Faltam três andares ainda e já estamos com muita fome. Resolvemos começar a dar só uma olhadinha pra ir embora, mas aí somos surpreendidos por Picassos, Monets, Van Goghs, Modiglianis e uma lista sem fim de pintores imperdíveis. Passamos mais algumas horas segurando a fome de comida e matando a fome de cultura até meu amor começar a passar mal de fome. Comemos um hot dog em frente ao museu mesmo e vamos buscar informações sobre os ingressos para musicais. Eu sabia que tinha uma loteria para comprar ingressos para o Wicked por um preço muuuuuuito mais pagável. Resolvemos tentar a sorte todos os dias até conseguir. Nomes na lista do sorteio, esperamos um pouco e os nomes são anunciados. Cada vencedor pode comprar até dois ingressos. Meu amor jura que vai ganhar. E ganha! Uhul!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ingressos pra primeira fileira por $26. Fazemos hora pra esperar o espetáculo começar. Engolimos outro sanduíche pois musicais são longos. E lá... Emoção indescritível. Tinha muita curiosidade pra saber porque tinha tanta gente louca por esse musical. Entendi. A produção é deixar de queixo caído. Da primeira fileira dava pra ver cada emoção, cada lágrima, suor, sentir cada nota emitida com técnica impecável com uma história muitíssimo bem bolada mudando toda minha visão sobre a história do Mágico de Oz. Aplaudi de pé, mas aplaudiria pulando. Então isso é a Broadway! Penso em desistir desse negócio de cantar. Não vai dar pra ser como essas pessoas. Meu amor diz pra eu parar de bobeira. Noite inesquecível! Não fizemos um monte das coisas do itinerário. Mas quem liga pra isso? Viemos pra pousada onde eu já deveria estar dormindo há tempos pra aproveitar o dia de amanhã. Mas como tinha três dias de atraso pra começar o meu blog e ia começar a esquecer das coisas, aqui estou. Pra ter um registro pra sempre de tudo que estou vivendo e poder dividir com quem quer que se interesse enquanto ainda tá tudo fresco.
21/09
O dia começa com um nascer do sol multicolor pela janela do avião. É estonteante. Não resisto e acordo meu amor. Acho que ele não vai querer perder isso. Let the sunshine in! Um pouco depois acendem as luzes pra o café da manhã. Pão com queijo e presunto e café pra continuar acordada. Ainda tenho boas horas até chegar no hotel e toda a tensão da passagem pelo controle de imigração. Pousamos também no horário previsto. 10 horas de viagem e, finalmente, solo americano. O avião para em Charlotte na Carolina do Sul. Apesar de ter acabado de tomar café eu sinto uma mistura de fome, sono, dor de barriga e vontade de fazer xixi e enjoo. A fila do controle de imigração é um pouco grande e demorada pra quem está nervosa e apertada. Decidimos quem vai passar pelo controle primeiro. Eu vou! Quero começar a fazer diferente. Quero viver um pouco do avesso. Quero experimentar um novo personagem pra mim mesma. O oficial pergunta a razão da viagem e eu explico todo o itinerário. Digo que vou estudar em LA. Ele pergunta se vou estudar inglês. Se fosse, eu não poderia entrar sem um visto de estudante. Mas eu explico que vou estudar interpretação. Ele pergunta o que eu faço no Brasil e eu digo que sou atriz. Pergunta se estou viajando com alguém e qual a relação. Aponto pro cara nervoso atrás de mim e digo que é meu namorado. Ok. Posso passar! É só colocar minhas digitais e seguir em frente. Tenho permissão pra ficar nos EUA por 6 meses. Meu amor passa também. Pegamos as malas. Check-in de novo. Revista de novo. Tudo sem problemas. A não ser pela minha vergonha de tirar as botas estando com uma meia grande além das meias de compressão. Voltinha rápida pelas lojas do aeroporto. Esse país parece gritar "BUY! BUY! BUY!". Tenho vontade de começar a obedecer, mas seguro. Próximo voo rumo a NY! Dessa vez não sai na hora prevista. Ficamos um tempão presos num incrível engarrafamento de aviões! Chove um pouco. Meia hora de espera e decolamos de novo. Dessa vez fico de olhos fechados por um bom tempo e imagino asas saindo das minhas costas. A sensação é incrível. Voo rápido de menos de 2h. Tempo só de ler um pouco. Chegamos no Newark Airport. Primeira coisa estranha. A área de pegar a bagagem é fora da área de desembarque. Do lado da saída do aeroporto. Qualquer um pode entrar no aeroporto e escolher uma bagagem na esteira. Bizarro! Mas conseguimos pegar as nossas. Tínhamos reservado uma van pela internet pra levar a gente do aeroporto pra pousada. Procuramos o lugar de encontro e nada. As bagagens estão pesadas e não tenho mais forças. Meu amor pede informação e diz que a gente tem que subir um andar e procurar o portão 29. Chegando lá achamos os portões até 28 e os a partir de 30. É uma pegadinha. Não é possível. Será na plataforma 9 1/2? Peço pra ele ler a reserva e confirmamos que era no andar anterior. Descemos de novo e começamos a procurar por um telefone com identificação do Super Shuttle. Era exatamente em frente a onde ele tinha pedido informação! Pena que ele não entendeu a informação...rs. Faz parte. Conseguimos ligar e dizem pra gente esperar que o motorista vem buscar em até 25 minutos. Pegamos a van que leva mais 9 pessoas. O motorista explica que não vai poder deixar todo mundo nos seus endereços devido ao engarramento de NY. Diz que tem ruas que não dá pra entrar. Mas nós somos os últimos e deixados bem na porta da pousada. Tudo no caminho é novo e excitante. Estamos mesmo em NY. Mortos de fome e sono, mas em NY. A fachada da pousada é um pouco estranha, cara de abandonada. Que medo! Fazer tudo pela internet é assim, mas ela era super bem recomendada do Tripadvisor. Meu amor toca a campainha repetidas vezes mas não ouve nenhum barulho. Mas a dona da pousada ouve todas as vezes que ele toca. Oooops! Sorry! Tem uma escada pra entrar. Com quatro malas pesadas vai ser uma operação complicada, mas pra isso que serve namorado, né? Coitadinho. A moça é bem simpática. Não entende a quantidade de bagagem já que vamos ficar 5 dias. Mas explicamos que a viagem é de 40. Entramos e damos de cara com outra escada super estreita e antiga. Boa sorte, amor! Te espero lá em cima. Sorte que nosso quarto é no primeiro andar. Lembro que na próxima pousada vai ser no terceiro. Putz. Entramos no quarto. Era como na foto. Ufa! Bem bonito, limpo e espaçoso. Com microondas, frigobar, tv, dvd, ar condicionado, água quente e uma boa cama que parece confortável. Perfect! Ela dá todas as instruções, pagamos e queremos sair logo pra comer. Ela tinha indicado um lugar perto, mas não conseguimos encontrar. Nem nenhum outro que agradasse. Resolvemos ir no supermercado mesmo e comprar alguma coisa de microondas pra comer no quarto e descansar logo. Tudo no caminho nos distrai. Tudo é novo. Não consigo entender os preços do supermercado. São muito confusos e meu cérebro não estava mais funcionando. Acabamos decidindo por pizzas individuais, cereal pro café da manhá, um Powerade e um engradado de garrafinhas de água. A minha pizza era sabor original. Imaginei que seria muçarela. Tô quase desmaiando de fome. Primeira mordida e a surpresa. A pizza é suuuuper apimentada! Eu não gosto de pimenta. Mas estou disposta a comer qualquer coisa. Tomo banho, durmo meia hora e vamos buscar nosso NYC pass no Planet Hollywood. O metrô é bem pertinho do hotel e funciona 24h. Maravilha! Compramos um passe de metrô ilimitado pra os 7 dias. A estação é estranha e suja, os vagões também são antigos. Ponto pro Metrô Rio! Mas tem uma porção de linhas que vão pra todos os lugares da cidade. Chegamos na Times Square. Uaaaau! Isso é NY! Tudo pisca, brilha, convida. Tudo é gigante e opressor. Dá até uma tontura. Mais vontade de BUY, BUY, BUY! Tudo! O plano era pegar o passe e voltar pra descansar. Mas foi impossível não entrar na loja da Disney, da Hersheys, uma loja de 3 andares de M&Ms! Resolvemos comer no... Mc Donald´s. Procuramos o dollar menu, que na verdade não é tudo um dolar. Eu quero um McDuplo, mas o meu amor entende errado e pede dois McChickens pra gente e um McDuplo pra ele. Resolvo comer o McChicken mesmo mas.... É suuuuper apimentado! Não é possível! Como o McDuplo dele e aguento a boca queimando pela segunda vez do dia. Ser turista não é fácil...rs. Voltamos pra pousada, planejamos os lugares que visitaremos no dia seguinte e vamos dormir.
20/09
Enfim, depois de pesquisar, achar um curso, convencer o namorado, começar a fazer planos, juntar o dinheiro, visitar o google todos os dias em busca de informações, reservas, dicas, preços... de juntar a documentação pra inscrição, pedir cartas de recomendação, escrever carta de intenção, traduzir um bocado de coisas, de adicionar um semana na Disney, de mandar a inscrição, de trocar um monte de e-mails em inglês, de ler livros em inglês, filmes sem legenda, de adiconar uma semana em NY, comprar as passagens, dólares, de trocar várias vezes as reservas de hotéis, de esperar ansiosamente por entrevistas, de conseguir um visto, de fazer a última entrevista em inglês pelo Skype, de quase enfartar esperando a resposta do curso, de conseguir ser aceita, comprar mais dolares, sonhar, sonhar, sonhar, fazer as malas, entre outras inúmeras providências... É chegada a hora de partir. O que era um futuro incerto, agora é um presente palvável e um pouco assustador. 40 dias fora de casa em país estrangeiro na companhia do meu amado e maravilhoso namorado que está prestes a descobrir como é conviver comigo de verdade...rs. Telefonemas e mensagens de despedida. Parentes mais que queridos no aeroporto. Lá vou eu eu! Minha primeira compra em dolar com papel moeda... Só podia ser uma barra gigante de chocolate! Um Milka delicioso comprado no Dufry pra matar a fome no avião. O voo sai na hora exata programada. Há tempos não sentia o frio na barriga da decolagem. O avião estabiliza, sem problemas. Ufa! De jantar, uma massa mais ou menos com suco de laranja. Tento dormir um pouco, já sabendo que era improvável. Talvez tenha até cochilado, mas meu nariz começa a queimar e sangrar. Fica difícil de respirar... Dormir então... Lá pras 2h eu já nem quero mais dormir. Cai a ficha e de repente fico mega feliz, quero aproveitar cada momento. O céu estrelado, a lua laranja, a música que sai do fone da poltrona, os pensamentos que brotam cheios de promessas. Meu amor dorme sem parar do meu lado, mas eu nem me incomodo. Esse é o meu momento. De mentalizar tudo que eu quero, de organizar os sentimentos. Dá uma vontade imensa de escrever... Mas eu teria que acordá-lo pra pegar o caderno e acho melhor não. Começo a pensar em inglês pra entrar no clima. O avião inteiro dorme e eu sorrio. A garganta dói e eu sorrio. Dói pra tossir e eu sorrio. Porque agora tenho certeza de que a ponte entre o mundo das ideias e o mundo das realizações é o esforço de cada um. E eu estou disposta a me esforçar nessa vida.
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